REFERÊNCIA I - O SEXTO SENTIDO (1999)
- Maria Helena
- 5 de nov. de 2017
- 2 min de leitura
Quando produzimos audiovisual é sempre muito importante consumi-lo também para que possamos adquirir um leque cada vez maior de referências, tanto para criar a história quanto para encontrar a melhor maneira de contá-la.

Malcolm e Cole. Podemos utilizar referências de tema, posicionamento de atores, até as cores presentes na imagem em uma cena entre Rose e Frances em seu quarto.
Segundo o consenso dos críticos no site Rotten Tomatoes, “O Sexto Sentido” do diretor M. Night Shyamalan “combina o estilo clássico de Hollywood e a emoção espantosa de um filme de terror atual”. O crítico Roger Ebert comenta que “o filme nos mostra coisas que adultos não podem ver” e acrescenta um exemplo sobre a mãe do menino (Toni Collete) e sobre o psicólogo dele, Malcolm (Bruce Willis), evidenciando que mesmo que não possamos enxergar o que está nos fazendo mal ou atrapalhando, sempre podemos identificar a sensação.

Cole e sua mãe. Outra referência de imagem, para as cenas de Cecília e Rose na cozinha.
Da mesma forma, Cecília não enxerga Frances, mas tem tanto ou mais medo que Rose, como é visto mais tarde. Em nossa percepção, segundo uma observação voltada para a imagem, ele nos mostra como esconder o personagem ou retratá-lo mesmo não estando ali fisicamente. Assim como Rose e Frances em Morada, o menino Cole (Haley Joel Osment) é o único que pode ver o psicólogo Malcolm. Embora isso não seja revelado, muito porque entrega o ‘plot twist’ do filme, mas também porque estamos assistindo os fatos de sua perspectiva.
Por isso a linguagem audiovisual é muito importante para contar uma história: pode-se criar um filme com toda o visual do gênero terror, e no fim tratar-se de um drama, ou uma história sobre um monstro ou uma aparição pode abordar a relação de alguém com suas inseguranças, receios ou traumas.

A esposa de Malcolm, Anna (Olivia Williams). Referência de imagem para Cecília.
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